Saberes de Mulheres Afro-Amazônidas em Debate
A Universidade Federal do Pará (UFPA), no Complexo Vadião, Campus Básico, será palco da terceira edição do Encontro de Educação Popular Feminista na Amazônia, que acontecerá em Belém nos dias 05, 06 e 07 de agosto de 2025.
Com o tema “SABERES EDUCATIVOS DE MULHERES AFRO-AMAZÔNIDAS: (RE)EXISTÊNCIA, LUTAS E DESAFIOS”, o evento se destaca por sua fundamental importância em pensar, fortalecer e identificar as práticas de educação popular feministas em múltiplas etnias e raças presentes no território amazônico. O encontro está intrinsecamente relacionado ao corpo-território circunscrito nesse contexto, buscando o enfrentamento às práticas predatórias de destruição da floresta e das diversas populações existentes.
Esta edição conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por meio do edital 02/2024, e também será compartilhado com o Ministério da Igualdade Racial. O Encontro de Educação Popular Feminista na Amazônia promove constantemente a produção do conhecimento científico em diálogo permanente com os movimentos, coletivos e organizações sociais, considerando os diversos saberes atravessados por afeto e sentimentos, e incentivando espaços de diálogo entre vivências, dores e conhecimentos presentes na formação humana e nas identidades femininas.
A metodologia do encontro baseia-se nas referências da ação participativa e nas epistemologias feministas, ambas com uma proposta coletiva do conhecimento. A programação inclui diversos momentos de produção, debates e vivências, por meio de oficinas, círculos e mesas de conversação. O evento prioriza a escuta sensível no processo de sistematização, colocando em movimento diversas vozes e múltiplos lugares, em partilha e sintonia.
Entre os principais objetivos do encontro estão:
- Debater sobre a importância da educação popular feminista como ferramenta de enfrentamento à educação bancária patriarcal.
- Experienciar o diálogo freireano – reinventando a tríade criticidade, curiosidade e criatividade – no âmbito das práticas orientadas por uma concepção de educação popular feminista.
- Visibilizar os feminismos pulsantes afro, indígenas, latinos, chicanos, quilombolas e tantos outros na Amazônia.
- Intensificar a articulação teoria e prática da educação popular com os feminismos insurgentes na Amazônia.
- Fortalecer o debate entre as Universidades, a rede de ensino pública e os movimentos/coletivos sociais feministas da Amazônia.
A arte do evento foi uma criação de Laysa Souza, mulher latino-americana.
